Suspensa a greve dos motoristas

segunda-feira, 17 de Maio de 2010 - 18:02
Redator (a)
Edvânia Kátia
Em negociação coletiva ocorrida agora à tarde no Tribunal Regional do Trabalho, sob a presidência do desembargador Américo Bedê Freire, patrões e empregados do setor de transportes conseguiram chegar a um acordo. A categoria patronal concederá um reajuste de 7% sobre os salários pagos em maio e o ticket alimentação subirá, a partir de maio de 2010 para R$ 300 e de janeiro em diante será de R$ 315. A categoria dos empregados se comprometeu, dentro do possível, a aumentar a circulação dos ônibus, devendo encerrar a greve partir de amanhã. O dia parado não será descontado, mas será objeto de compensação. A negociação das cláusulas econômicas aconteceu no dissídio coletivo de greve impetrado pelo Sindicato das Empresas de Transportes (SET) na manhã desta segunda-feira (17). Inicialmente o desembargador Américo Bedê informou que as partes estiveram reunidas com a Presidência, na ante-sala do Plenário, na tentativa de chegarem a um acordo, tendo sido infrutífero. Ele registrou ainda que tentando promover a conciliação, propôs que as partes se “desarmassem” para começar as negociações. O desembargador Américo Bedê Freire propôs inicialmente 10% de reajuste salarial e 15% no ticket alimentação. Em seguida o presidente do SET, José Luís Medeiros, disse que apesar de a classe trabalhadora ser merecedora de um reajuste maior, as empresas têm que trabalhar dentro de uma realidade regional e que caso fosse concedido um reajuste elevado, isso refletiria no valor das tarifas, fazendo com que São Luís tivesse uma das tarifas mais elevadas do Norte e Nordeste. Ele propôs 6%. O desembargador Américo Bedê Freire voltou a fazer uma contra-proposta de 7%. A advogada Valúsia Maria Cunha disse que mais uma vez os trabalhadores estão indo para o sacrifício, mas que apesar das dificuldades, a proposta do presidente do TRT era viável e por isso o Sindicato dos Rodoviários aceitaria o acordo. Não foi objeto de apreciação nesta tarde o dissídio coletivo de greve impetrado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) na sexta-feira (14) e que resultou na liminar em que a presidente do TRT, desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva, determinou a circulação de 60% da frota. Esta ação continua tramitando e segue para instrução processual, mas não atinge o acordo feito nesta tarde já que são ações com pedidos diferentes.
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