TRT-16 promove curso Básico de Língua Brasileira de Sinais para servidores(as) e terceirizados(as)

quarta-feira, 5 de Novembro de 2025 - 15:38
Redator (a)
Aline Vitória
Revisor (a)
Cícero Brito

Reunindo servidoras, servidores, terceirizadas e terceirizados no auditório da Escola Judicial (EJUD), o Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (Maranhão) promoveu o Curso Básico de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), nesta quarta-feira (05/11). A iniciativa foi conduzida pelo palestrante Maurício Bonilha Orsi, servidor do TRT-15 (Campinas).

A ação desenvolvida é fundamental para capacitação de profissionais que atuam no atendimento ao público. “A língua de sinais precisa ser divulgada dentro da Justiça do Trabalho para começarmos a receber o jurisdicionado surdo na sua língua. Ele tem esse direito de ser tratado como qualquer outro cidadão. O que impedia de ter esse acesso à Justiça do Trabalho era essa barreira comunicacional, que é a falta da capacitação dos servidores em língua de sinais. Então, acredito que essa é a importância do curso: capacitar os servidores para começar a trazer o jurisdicionado para dentro da Justiça do Trabalho e receber e acolher dentro da sua língua”, salienta Maurício Orsi.

Parâmetros da Libras, expressões não manuais, saudações, familiares, pronomes e construção de frases são ensinamentos repassados durante o curso, despertando nos participantes o interesse em saber o contexto de cada sinal. 

“Já tinha tido um contato breve com a Língua de Sinais antes e foi uma oportunidade maravilhosa que apareceu e mandaram para vir fazer o curso. É muito importante, porque às vezes vem um surdo até nós e ficamos sem saber se comunicar. Tentamos a gesticulação, mas, tendo como base a Língua de Sinais, é importantíssimo para essa comunicação melhorar, para atendermos melhor quem chega até nós para resolver alguma coisa. Teve um episódio de uma pessoa com necessidades, um surdo, que participou de uma audiência. Então, percebemos a necessidade de um servidor ali que conheça a Língua de Sinais para se comunicar melhor”, compartilhou a servidora de Chapadinha, Edlaina Vasconcelos, que se deslocou à capital para participar do curso. 

Atualmente, a legislação brasileira estabelece obrigatoriedades e orientações específicas para a inclusão da Libras em certas áreas – como educação e no setor púbico, não sendo obrigatória para todos os contextos profissionais no Brasil.

“Acredito que o curso de Libras não deveria ficar apenas no Judiciário; deveria ser a todo serviço público do Brasil. Porque, às vezes, esquecemos da população surda brasileira, que precisa também desse apoio. Não é só você pegar e escrever para o surdo, tem toda uma necessidade também de acolher essas pessoas para poder entregar os seus direitos. Então, o que estamos fazendo aqui no tribunal é ótimo. Temos que continuar fazendo e realizar uma capacitação de todo mundo mesmo, para conseguir ajudar os nossos jurisdicionados que precisam desse auxílio”, enfatiza o servidor da 1° Vara do Trabalho de Imperatriz, Kleber Vinícius Pacheco.

O curso Básico de Língua Brasileira de Sinais vai além da capacitação de profissionais, é uma iniciativa que busca promover acessibilidade e inclusão dos jurisdicionados surdos, por meio da formação dos agentes que trabalham com atendimento ao público. A ação continua até sexta-feira (07/11). 
 

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