TRT-16 encerra curso de Libras evidenciando a inclusão cidadã
O Curso Básico de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), realizado pela Escola Judicial (EJUD), encerrado na última sexta-feira (07/11) foi marcado pela participação ativa das servidoras, servidores, terceirizadas e terceirizados do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (Maranhão). Além de aprendizados e de instruções sobre o Balcão Visual, uma plataforma de atendimento online, com acessibilidade e atendimento para pessoas surdas.
Sendo realizada em três dias, a programação foi ministrada pelo professor Maurício Bonilha Orsi, servidor do TRT-15 (Campinas), que reuniu a teoria e a prática no ensinamento sobre as Libras.
“Foi um sonho realizado estar aqui, poder estar junto com eles, transmitindo estas informações com relação às pessoas surdas que precisam de atendimento em suas questões de trabalho, na língua deles. Então, foi um aproveitamento muito grande. Todos os alunos se dedicaram, se comprometeram com o tema. Acredito que conseguimos trazer o mais importante, que é sair daqui sabendo quem são as pessoas surdas e como elas devem ser atendidas”, expressou Maurício Bonilha Orsi.
A iniciativa proporcionou a qualificação de agentes que possuem contato direto com o público. A formação despertou curiosidades e reflexão sobre os desafios que as pessoas surdas enfrentam, sendo essencial o conhecimento da Libras para o aperfeiçoamento dos diferentes cenários sociais, como a Justiça do Trabalho.
“Foi uma oportunidade única e espero que haja mais oportunidades para continuarmos, porque foi um curso básico, mas foi numa dimensão tão grande. Nós vimos aqui nesses dias, tanto do início, do acolhimento das pessoas, como a forma de interagir com a pessoa surda quando chega até o trabalho. Nós aprendemos alguns termos que têm a ver com o trabalho, com o dia a dia no setor jurídico, nas audiências. Então, foi muito bom, muito valioso, porque é a inclusão. Não são só princípios, é uma ponte que cria uma conexão melhor com aquela pessoa que vem nos procurar. Nós, como servidores, vamos garantir que eles saiam dali tendo toda a informação, sabendo tudo o que está acontecendo na língua deles, na linguagem deles”, detalhou a servidora da Vara do Trabalho de Chapadinha, Edlaina Vasconcelos.
O incentivo na qualificação em Libras e o empenho dos servidores e dos terceirizados em aprender sobre a linguagem, fortalece a cultura institucional e colabora para um atendimento digno ao público do Tribunal.
Balcão Visual
Com o intuito de facilitar a comunicação e o acompanhamento de processos trabalhistas envolvendo pessoas surdas, o TRT-16 aderiu o Balcão Visual – um serviço com atendimento remoto e presencial com auxílio de interpretes de Libras. A iniciativa foi criada pelo TRT-16 e tem fundamentação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT).
“A partir do mês de maio deste ano, todos os tribunais regionais do trabalho – as 23 regionais, com exceção de uma – aderiram ao Balcão Visual, que é uma Central de Libras que está disponível a todos os setores judiciários da Justiça do Trabalho da nossa regional. Isso se deu através do Ofício Circular número 53/2025 da Presidência, que aderiu a esse projeto. Ou seja, a partir de agora, todas essas unidades judiciárias estão aptas a atender pessoas surdas e pessoas com baixa audição, através da Central de Libras, que é comandada pelo TRT da 15ª Região. Então, estamos de parabéns em fazer essa capacitação aqui, na nossa regional, de modo que possa divulgar a todos os servidores e a nossos juízes esse novo projeto que nós aderimos”, declarou o servidor do setor de Acessibilidade, Marconi Santos.
No TRT-16, o atendimento funciona das 12h às 15h30, exceto nos finais de semana, nos feriados e nos pontos facultativos. Para iniciar o atendimento, acesse o Balcão Visual.
