A presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (Maranhão), desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva, participou, nesta semana, da 12ª edição do Encontro Nacional de Tecnologia e Inovação da Justiça Estadual – Enastic. O evento foi realizado em Salvador (BA), sob a organização do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), em parceria com o J.Ex, programa executivo voltado à formação de lideranças do ecossistema de Justiça.

A solenidade de abertura ocorreu no Salão Nobre do Fórum Ruy Barbosa, onde a presidente do TJBA, desembargadora Cyntia Maria Pina Resende, deu as boas-vindas aos participantes e destacou a relevância do encontro. “Este evento se apresenta como absolutamente necessário à nossa comunidade jurídica nacional, cada vez mais envolvida com os impactos da revolução tecnológica. A inteligência artificial generativa é uma realidade incontornável que permeia todas as nossas relações contemporâneas”, afirmou.

Durante os três dias de programação, o Enastic promoveu debates sobre aplicações práticas da inteligência artificial no Poder Judiciário, desafios relacionados ao uso da IA generativa na construção de jurisprudência, cibersegurança, conectividade, transformação digital, e o papel estratégico das lideranças nas instituições públicas. Um dos destaques foi a palestra do especialista Gary Bolles, que abordou as novas regras do trabalho à luz das rápidas transformações tecnológicas.

O advogado Ademir Piccoli, fundador do J.Ex, apresentou a conferência “Futuros Possíveis: tendências e insights do SXSW 2025”, enfatizando que “é impossível pensar o Judiciário, hoje, sem estar integralmente conectado à tecnologia. O próprio modelo de prestação jurisdicional passa a ser repensado a partir das soluções tecnológicas disponíveis”.

A presidente do TRT-16, desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva, avaliou o evento como essencial. “Foi uma experiência enriquecedora e estratégica. A velocidade das transformações tecnológicas impõe ao Poder Judiciário – em suas atividades-fim e atividades-meio – o dever de se adaptar, inovar e antecipar soluções. A utilização de tecnologias disruptivas, como a Inteligência Artificial, não representa apenas uma modernização de processos, mas uma verdadeira reconfiguração da forma como entregamos justiça à sociedade”, destacou.

A desembargadora acrescentou ainda: “No âmbito do TRT da 16ª Região, temos promovido a incorporação de soluções tecnológicas que visam ao aumento da eficiência processual, à melhoria da experiência do jurisdicionado e à valorização do trabalho das magistradas, magistrados, servidoras e servidores. Investir em inovação é garantir celeridade, segurança jurídica, proteção de dados e um serviço público mais acessível e eficaz”, completou.

A atual gestão do TRT-16 tem atuado de forma proativa na promoção da transformação digital, por meio da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicações (SETIC), responsável pelo desenvolvimento de ferramentas inovadoras, como o ICIA – Índice de Conciliabilidade por Inteligência Artificial, o Solária – plataforma de automação processual no PJe, e o Quit@Fácil TRT16 – sistema pioneiro que permite o pagamento de dívidas trabalhistas por cartão de crédito, débito ou PIX, facilitando a efetivação de acordos e promovendo maior agilidade na execução trabalhista.