Oficina de Gestão por Competências reúne gestores do TRT-MA

segunda-feira, 15 de Setembro de 2014 - 9:56
Redator (a)
Rosemary Araujo
Revisor (a)
Rosemary Araujo

A Comissão para a Implantação da Gestão por Competências no Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA) e o Comitê Gestor Regional a ela vinculado realizaram, por meio da Coordenadoria de Gestão Estratégica, Estatística e Pesquisa (CGEEP), a Oficina de Gestão por Competências para Gestores, na manhã de 12 de setembro (sexta-feira), no Auditório “Professora Maria da Graça Jorge Martins”, da Escola Judicial (EJud). Participaram da capacitação 35 servidores responsáveis por gerenciar as atividades das unidades judiciais e administrativas do órgão, contribuindo com ideias para nortear o mapeamento das competências relacionadas aos cargos e funções de natureza gerencial, a fim de, posteriormente, identificar em seus titulares as aptidões que já possuem e as suas necessidades de capacitação.

A oficina foi conduzida pela servidora Rosely Belo Ribeiro Vieira, membro da Comissão e do Comitê, Consultora Organizacional da Fundação Getúlio Vargas (FGV), membro do Comitê de EaD do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e mestranda em Administração Pública. A servidora iniciou a oficina esclarecendo os participantes a respeito do conteúdo da Resolução nº 92/2012 do CSJT, que dispõe sobre as diretrizes básicas para a implantação do modelo de Gestão de Pessoas por Competências no âmbito da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus. Em seguida, orientou as atividades de identificação de competências para a construção do mapeamento a ser realizado. Também fez parte dos esclarecimentos apresentados a meta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), específica para a Justiça do Trabalho em 2014, de implantar programa de desenvolvimento gerencial em todos os tribunais, com base em modelo de gestão por competências.

A gestão por competências é um modelo de gestão que, em síntese, envolve discriminar que competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) cada função requer para gerar resultados positivos a instituições públicas ou privadas. A implantação envolve vários passos, dentre os quais, capacitação do Comitê, mapeamento das competências, avaliação das competências, identificação dos GAPs (pontos de desenvolvimento em determinadas competências) e elaboração do plano de desenvolvimento de pessoas por competências. 

Como parte das atividades de mapeamento das competências, a oficina para os gestores do Tribunal visou a orientar e colher sugestões dos participantes, a fim de iniciar a construção de uma proposta inicial da matriz de competências, partindo das considerações abordadas por cada gestor, dentro do seu entendimento, do que são competências e quais são os comportamentos de evidência ou observáveis na prática de cada uma delas, de acordo com as especificidades de cada unidade de trabalho, especificamente no aspecto das competências gerenciais técnicas e comportamentais. 

Rosely Vieira explicou que, para se identificar uma competência, há necessariamente que estarem presentes um conhecimento, uma habilidade e uma atitude que, em conjunto, gerem um resultado positivo para o cumprimento da missão da organização. A servidora também esclareceu que gestor é o magistrado ou servidor que entrega resultados à instituição por meio da gestão de pessoas, de recursos e de processos de trabalho. Além disso, deu ênfase à importância desse primeiro momento: “Nós, gestores do TRT da 16ª Região, temos a responsabilidade e o privilégio de poder construir, colaborativamente, a matriz das competências gerenciais, bem como de elaborar os comportamentos de entrega (evidência) de cada competência”, considerou. 

O Comitê Gestor Regional, de posse das informações colhidas na oficina, fará a consolidação e disponibilizará o resultado aos gestores em ambiente virtual para os devidos ajustes. Nessa oportunidade, os gestores poderão novamente opinar a respeito, a fim de se alcançar o resultado mais fidedigno do mapeamento das competências gerenciais regionais. A partir dessa nova troca de informações e considerações dos participantes, o Comitê fará os ajustes necessários para a próxima etapa do processo, a avaliação das competências. Identificada a lacuna (GAP) entre as competências necessárias e as encontradas, serão elaborados os planos de desenvolvimento dos gestores, compostos do Programa de desenvolvimento gerencial (PDG) e do Programa de Desenvolvimento Individual (PDI).

Foi ainda esclarecido pela servidora que a gestão por competências será, inicialmente, implantada para gestores e não significa remoção de servidores (gestores ou não) entre setores. Mas sim, trata-se de identificar e esclarecer quais são as aptidões que cada colaborador da instituição possui para melhor atender aos objetivos corporativos, onde cada um seja mais bem aproveitado, de forma dinâmica, motivada e motivadora. O colaborador que apresentar GAPs será devidamente capacitado para corrigir esses GAPs e poderá desenvolver seu trabalho normalmente no setor em que se encontra lotado. “Identificar competências e GAPs não significa dizer que alguém é ‘incompetente’ e que outro é ‘competente’. Todas as pessoas possuem competências que podem e devem ser manifestadas, evidenciadas. Identificar competências é simplesmente ajustar a gestão de pessoas aos objetivos institucionais, oportunizando a todos a colaboração mais adequada”, frisou Rosely Vieira, que agradeceu a participação de todos e considerou a oficina, ao final, como bastante produtiva e como tendo atingido os objetivos propostos para a iniciativa. “O êxito da oficina deu-se em função da participação efetiva dos gestores! Todos mostraram-se ávidos por saber mais acerca da Gestão por Competências, participaram ativamente, expuseram as dúvidas e contribuíram muito na construção do esboço da matriz de  competências gerenciais“, finalizou.

A previsão do Comitê é que, até o final deste ano, sejam concluídas as fases de mapeamento e avaliação das competências dos gestores do TRT-MA, quando será dado início ao PDI e PDG. A implantação se dará de forma gradual e progressiva. Para 2015, está previsto o mapeamento das competências técnicas (específicas) dos gestores.  Ao final de todo o processo de implantação, terá sido oportunizado a todos os servidores do órgão o desenvolvimento de suas competências. 

Opinião

“É muito interessante pra gente entender do que se trata e se sentir participante desse processo de construção das nossas próprias competências, principalmente, no que se refere aos comportamentos esperados em cada uma delas, para avaliação da nossa contribuição à instituição.” – Rafaela David Brito, chefe da Seção de Saúde.

“A oficina certamente atingiu o objetivo de esclarecer aos gestores importantes aspectos sobre o desenvolvimento desse processo de implantação da gestão por competências, mas seria interessante que fosse oferecida outra ou outras oportunidades de encontros como este, para aprofundar as reflexões.” – Patrícia Vasconcelos de Almeida, assessora administrativa da Presidência.

“De modo geral, o oficina foi bastante oportuna e proveitosa no sentido de nos dar a conhecer os critérios para a gestão por competências.” – Celson de Jesus Moreira Costa, coordenador de Controle Interno. 

“Achei a oficina bem interessante, mas o tempo foi curto para um assunto tão complexo. Apesar disso, a iniciativa revela que o nosso Tribunal está dando um grande passo para o avanço das nossas atividades.” – Fernanda Cristina Muniz Marques, assessora da Diretoria-Geral.

“A oficina foi uma excelente oportunidade de divulgação do processo de implantação da Gestão de Competências no nosso Tribunal. Quanto mais conhecimento as pessoas tiverem sobre esse processo, mais rápido a implantação se dará. O que nós buscamos é aperfeiçoar as competências de cada servidor em suas respectivas unidades de trabalho.” – Raimundo da Conceição Lindoso, secretário de Administração e membro do Comitê Gestor Regional.

 

 

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